4 de dez. de 2009

NUNCA É TARDE PARA CONSCIENTIZAR


Oie gente, tudo bem? Por aqui o calorão melhorou bastante, choveu e refrescou bastante.
Aujourd'hui je suis très fatiguée, isso mesmo gente, hoje estou muito cansada. Finalmente o cansaço do fim de semana e da semana passada bateu. Agora é assim, aguento fazer mais coisas mas uma hora a fadiga aparece e dá uma moleza que não dá vontade de fazer nada.
Mas mesmo assim fui assistir aula de francês e foram duas horas, depois fui me encontrar com mama, papa, irmãzinha e cunhadinho no bar da minha irmã mais velha para jantar.
Vocês devem estar se perguntando, e o Baby? Pois é, ele precisou fazer um trabalho em Cubatão então hoje estou sozinha escrevendo pra vocês meus leitores queridos.

Bom gente, o dia mundial da luta contra a Aids, já passou mas, é sempre dia de conscientizar, e o blog foi criado pensando nisso não é?
Passei esses dois dias assistindo programas de televisão que tratavam desse assunto, então gostaria de escrever um pouquinho sobre o que eu vi.
Pra começar o assunto, como historiadora, não podia faltar informações sobre a origem desse dia tão importante.

Então vamos lá!!

Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão da Assembléia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU). A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/aids. No Brasil, a data passou a ser adotada, a partir de 1988 por uma portaria assinada pelo Ministro da Saúde.

Bom gente eu me lembro perfeitamente do dia que essa data entrou na minha vida, por outras razões, mas que deixou bem claro o objetivo dessa data. Só não sei ao certo o ano, 1989,90 algo assim. Eu e meus amigos fomos seguir o trio elétrico de Daniela Mercury no eixão em Brasília que estava prestigiando o dia 1° de Dezembro na luta do combate à AIDS. Ela nos falou sobre o programa de assistência aos soros positivos e como a gente deveria se proteger e prevenir.Recebemos camisinhas e folder informativo sobre a doença. Isso nunca saiu da minha cabeça porque naquela época, século XX(não faz tanto tempo assim, mas as coisas mudaram muito)a gente não tinha essa enxurrada de informações como acontece hoje. Nem me lembro ao certo mas acredito que a gente nem falava de sexo na escola, tinha até aula de religião (católica). Me lembro quando um professor(que era mais descolado) da oitava série falou de relação homossexual e um menino super católico foi reclamar com a nossa coordenadora. Eu e meu melhor amigo na época, o Augusto, fomos na diretoria defendê-lo e a nossa coordenadora que é uma pessoa magnífica(Maria do Carmo)concordou com a preocupação do professor e chamou o menino para ter uma conversa em particular. Nunca sabemos o que aconteceu, mas o menino ficava bem quietinho nas aulas de ciências.
Era uma outra época e víamos nossos ídolos ficando doentes, emagrecendo e de repente morrendo. Aí a gente ouvia "morreu de AIDS", foi assim com Cazuza, Lauro Corona, Freddie Mercury, Renato Russo, Sandra Bréa, Henfil e seu irmão Betinho que eram hemofílicos, Thales Pan Chacon, Claudia Magno e muitos outros infelizmente.

Esse ano de 2009 foi mais um nessa luta, onde a mídia se manteve presente o tempo todo, em toda a rede social bombava o assunto.
Falou-se muito e não se cansou de falar sobre a camisinha como forma de prevenção.

Um problema relatado pelas mulheres é a dificuldade de introduzir o uso do preservativo numa sociedade que ainda é machista. As meninas que andam com camisinha na bolsa, são tachadas de "galinhas". As mulheres mais velhas que tem relacionamento estável quando cogita o uso do preservativo, já é vista pelo parceiro como adúltera e outras que são mais velhas e solteiras, se andam com a camisinha no bolso, são consideradas "putas". Gente o que é isso? É puro preconceito de uma sociedade que se diz liberal e ainda vive uma cultura retrógrada? Como assim? Só porque ela quer se prevenir pra não se contagiar com nenhuma doença sexualmente transmissível?
Que mundo vivemos? Eles estão ultrapassados, esses homens devem ser descartados de nossas vidas.
O índice desse ano marcou um número maior de contágio pelo vírus HIV entre as mulheres acima de 50 anos casadas ou com relacionamento estável, por causa desse preconceito seus maridos, companheiros transmitem o vírus e muitas vezes nem sabem que estão transmitindo.

No Happy Hour programa que adoro acompanhar no GNT, nesse dia levou uma convidada de 61 anos soro positivo, que enfatizou muito esse preconceito com as pessoas que tem HIV, ela disse que a maioria da população pensa que só porque eles já contraíram a doença não podem mais namorar. Então ela dizia "soro positivo, também ama, faz sexo, beija na boca, só precisam se protegerem e prevenirem-se para não contagiarem ninguém."
Hoje em dia o assunto nem é mais tratado como "grupo de risco", antes estavam nesse grupo, os homossexuais, os usuários de drogas injetáveis e pessoas que precisavam de transfusão de sangue.
Mas hoje não é bem assim, todos estão nesse "grupo de risco", basta ter uma vida sexual ativa sem proteção. O médico infectologista disse que os adolescentes atualmente não se preocupam tanto com isso pois não viram ninguém morrer de AIDS, como a minha geração. "Eles acham que o remédio tá aí e ninguém mais morre disso."
Ainda bem que agora temos o famoso coquetel dado pelo governo que melhora muito a qualidade de vida dos soros positivos, mas sabemos que todo medicamento tem efeitos colaterais. E também já temos a experiência difícil de saber que temos uma doença crônica sem cura.

Sem comparações, mas a EM também se encaixa nisso, se não prevenirmos os surtos com os imunomoduladores podemos ter sequelas irreversíveis e maior incapacidade com o tempo, afinal me trato hoje para daqui 20 anos, como disse meu doutorzinho.
Podemos pensar nos hipertensos que na maioria das vezes quando não medicados ocorrem casos de AVC ou derrame o que é mais popular e que também incapacita. O diabetes, também não é assim?
Remédio para o resto da vida, ou para a vida inteira que seja, ninguém quer tomar, mas sem eles nós não teríamos tantos casos de doenças crônicas que ainda não tem cura com pessoas vivendo normalmente e com qualidade de vida.
Ontem assisti ao programa apresentado pelo Lobão da MTV, fizeram um debate e chegaram a conclusão que as informações devem ter a linguagem do público alvo. Ou seja, muito difícil o jovem parar em frente a TV, ele usa mais computador, então a informação deve ser dada ali. Na minha opinião estamos progredindo bastante, a partir do incentivo que a educação está dando para o diálogo sobre sexo, mas ainda falta muito, dentro da escola por exemplo precisa-se de mais apoio e tempo para abordar o assunto. Ainda vemos muitas garotas novinhas engravidarem e/ou se contagiarem com uma doença transmitida pela relação sexual.

Mas estamos no início de uma luta incansável, os especialistas falavam em cura da AIDS, agora o que mais importa, é fazer com que os portadores vivam bem e com saúde. Nisso nós podemos ajudar, orientando, informando para diminuir essa doença que é o preconceito.

Bom pessoal, vou ficando por aqui, senão vocês vão ficar cansados.....hehehehe

Espero ter conseguido colocar um pouquinho de tudo que foi dito nesse dia tão importante!

Beijinhos e tenham uma ótima sexta-feira


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