7 de ago. de 2009

E AGORA, É OU NÃO É?


Oi gente, tudo bem? Como já disse antes, estou querendo muito abrir a Associação de São Carlos, e como já tive um contato de um laboratório (ainda não posso falar) fui me inteirar de quantos "capengados" temos em Sanca. Hoje fui a farmácia de alto custo buscar meu medicamento e conversei com os atendentes, que logo ficaram super empolgados com o projeto e foram me indicando os pacientes e seus contatos. A senhora que trabalha lá e me acompanha há 2 anos e meio, comentou que até outro dia só tinham 5 pessoas no programa de alto custo, hoje são 23. Aí ficamos nos perguntando se isso era bom ou ruim, porque não sabemos se é porque hoje em dia o diagnóstico está mais fácil ou se os casos estão aumentando, e o pior é que ninguém sabe a causa.


Então, pensando aqui no Blog, resolvi falar um pouquinho desse diagnóstico que não é nada fácil, mas que já foi pior!

Vamos ver aqui como pode ser diagnosticada a EM.

Os médicos consideram a possibilidade de esclerose múltipla em indivíduos jovens que subitamente apresentam visão borrada, visão dupla ou anormalidades motoras e sensoriais em diferentes partes do corpo. O padrão de recidivas e recuperações torna o diagnóstico mais provável. Quando os médicos suspeitam de esclerose múltipla, eles realizam um exame neurológico minucioso durante o exame físico. Os sinais que indicam um funcionamento inadequado do sistema nervoso são os movimentos oculares incoordenados, a fraqueza muscular ou a dormência em diversas partes do corpo. Outros achados, como a inflamação do nervo óptico e o fato dos sintomas surgirem e desaparecerem, permitem o estabelecimento do diagnóstico com razoável certeza. Não existe um exame que por si seja diagnóstico. No entanto, alguns exames laboratoriais podem diferenciar a esclerose múltipla de outros distúrbios com sintomas similares.
O médico pode realizar uma punção lombar (punção espinhal) para coletar uma amostra de líquido cefalorraquidiano. Ou seja, o famoso e temido liquor!


Os indivíduos com esclerose múltipla tendem a apresentar uma quantidade um pouco mais elevada de leucócitos e uma concentração discretamente mais elevada de proteínas do que o normal no líquido cefalorraquidiano. A concentração de anticorpos no líquido cefalorraquidiano pode ser elevada e tipos específicos de anticorpos e outras substâncias estão presentes em até 90% dos indivíduos com esclerose múltipla.

A ressonância magnética (RM) é a técnica mais sensível de diagnóstico por imagem, podendo revelar áreas desmielinizadas do cérebro. A ressonância magnética pode inclusive diferenciar áreas de desmielinização ativa e recente de outras mais antigas ocorridas tempos atrás.

Os potenciais evocados são um tipo de exame que registra as respostas elétricas no cérebro quando os nervos são estimulados. Por exemplo, o cérebro normalmente responde a uma luz cintilante ou a um ruído com padrões característicos de atividade elétrica. Nos indivíduos com esclerose múltipla, a resposta pode ser mais lenta porque a condução dos sinais ao longo de fibras nervosas desmielinizadas encontra-se comprometida.

A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

A proposta de usar a ressonância magnética de prótons para obter imagens começou a mostrar seu imenso potencial para o diagnóstico médico no início dos anos 80, quando os principais laboratórios nas universidades do primeiro mundo, começaram a desenvolver instrumentos e métodos para aquela finalidade.

O Brasil que já estava familiarizado com o fenômeno da ressonância magnética e a instrumentação associada, passou a pesquisar os métodos para a produção de imagem por ressonância magnética. Em 1987 os brasileiros já obtiveram as imagens em vivo de extremidades humanas.

Aqui surgiu, já a primeira aplicação prática, quando foi demonstrada para a EMBRAPA o uso do MRI para exame não destrutivo de diversos frutos. Esses resultados, que se tornaram bem conhecidos, dentro e fora do Brasil, fizeram com que em 1988 foi doado, pela Universidade da California em San Francisco, um magneto resistivo de grande porte, capaz de acomodar completamente uma pessoa no seu interior. Pouco tempo depois, em fins de 1988, obtínhamos imagens tomográficas de cabeça com voluntários. Decidimos, então, desenvolver um sistema realmente capaz de ser usado clinicamente para diagnóstico.

Foi em meados de 92 que a tecnologia começou a ser uma grande aliada do difícil diagnóstico de esclerose múltipla.

Ainda assim, temos que tomar muito cuidado, pois a EM é uma faca de "dois legumes" como diria o Baby, tem sintomas muito parecidos com outras patologias.


FONTES:

http://www.msd-brasil.com/msd43/m_manual/mm_sec6_68.htm

http://mri.if.sc.usp.br/paginas/port/torm/projeto/historico.html


Pessoal valeu!!! Beijinhos e uma ótima sexta-feira!!!



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