30 de set. de 2013

ESCLEROSE MULTIPLA & NOSTALGIA

Oi gente tudo bem? Eu estou aqui vivendo um dia de nostalgia e gostaria de compartilhar com vocês.
Bom, pra iniciar a minha história, vou colocar vocês no clima que entrei.
 Acho que ontem os meus neurônios foram dormir saudosistas, porque estou lendo um romance bem levinho, bem adolescente mesmo Anna e o Beijo Francês que me levou de volta a uma época muito encantada da minha vida, a adolescência junto a outro momento muito especial que foi quando realizei o sonho de conhecer Paris pois a cidade chega a ser um personagem na história.
De repente quando ligo o rádio do carro, uma música dessa mesma época, quando eu devia ter meus quinze, dezesseis anos e a única preocupação era em qual show eu iria e  se lá eu encontraria a minha paixonite e se não encontrasse tudo bem, o negócio era paquerar, cantar, dançar e se divertir muito.
Nunca pensei no futuro, fui uma menina levada da breca, não tenho orgulho das estripulias que aprontava e como deixava meus pais de cabelo em pé. Porém não me arrependo de ter vivido momentos legais, ter conhecido lugares e pessoas especiais na minha história. 
Esses dias conversando com um amigo que tem a EM como companheira me contou que faz uns 32 anos que convive com ela todos os dias e que nem se lembra mais da sua vida sem ela.
Então eu fiquei pensando, ela realmente muda a gente, eu comecei a enxergar a vida de outra forma dando muito mais valor a coisas que antes nem se quer me dava conta do quanto é importante. Deixando de me preocupar com coisas pequenas que diante de um todo fica menor ainda.
Mas quando você se encontra numa situação que conseguir levantar da cama, enxergar o sol e a beleza da natureza por inteiro, sem precisar de óculos escuros pois sua pupila está direto dilatada devido a um surto, aí a vida ganha outro sentido só de conseguir saborear um simples sorvete de creme já ser uma vitória!
Mas mesmo com essa maturidade que sinto que ganhei com a EM, acredito que estamos numa nova configuração, como diz a minha psicóloga, porque a nossa essência acho que se mantém a mesma!
Não quero chegar lá na frente e pensar que nem me lembro mais como era a minha vida sem EM, quero pensar que ela entrou na minha vida na hora certa, que os momentos vividos antes foram muito felizes, inesquecíveis e muito bem aproveitados. A infância, a adolescência e a juventude porém os que vivi após ela gatilhar em minha vida foram os mais sublimes possíveis ! 
Levo comigo uma parte grande daquela menina levada mas com uma maior fatia de mulher madura que sabe o que é necessário pra ficar de bem com a vida e o mais importante, dela ficar de bem com essa mulher, que traz na sua essência a alegria de viver acima de tudo! Nos dias que a EM não está ajudando muito aí entra em cena a menina levada que ainda tenta tirar alguma vantagem das adversidades. Mas que no fundo só quer levar uma vida assim, leve e profunda igual o beijo francês que a minha Anna personagem do livro tanto espera!
Vou deixando vocês com a minha reflexão me perguntando e vocês como guardam a história de vida antes da nossa companheira e depois?

Mil beijinhos saudosistas e até...

PS¹: O livro Anna e o Beijo Francês é da autora Stephanie Perkins.
PS²: A imagem desse post é um banco em Montpellier, minha cidade natal que conheci em 2010.


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