26 de set. de 2011

SEGUINDO EM FRENTE SEMPRE

Olá gente, tudo bem com vocês? Comigo está tudo bem, um pouco sumida aqui do nosso cantinho por motivos de força maior!
Bom, eu estou super ligada no blog das nossas companheiras e nas notícias da web, mas escrever está realmente muito difícil.
No trabalho está tudo bem, apesar de ter pego alguns dias pesados e aí a coisa não ficou muito fácil. Lidar com dias duros, estresse, calor, secura e para finalizar, com a fadiga desses dias que piora ainda mais é uma outra coisa que estou tendo que aprender com a nossa amiga diária.
Esses dias tive uma discussão muito profunda com a minha psicóloga sobre a questão de falar ou não falar sobre a nossa condição. Tive alguns minutos em que estive perdida com a questão do preconceito, fiquei pensando "Todo mundo tenta fazer de tudo para ser igual a todo mundo e o que eu estou fazendo?"
Começou a me dar um nó na cabeça de tanta coisa que passou por ela.
Bem, estou dizendo isso porque esses dias precisei chegar para a minha chefe e ter uma conversa bem sincera devido a minha condição.
Concordo com aquelas pessoas que nos olham e dizem "Mas você não tem nada!" Também acho que não tenho nada, até por isso preciso me policiar muito quando estou trabalhando. 
Sou do tipo não aguento ver os outros enrolando então vou na frente e faço, numa dessas fiquei exausta e com crises diárias de tonturas, além do nervoso que essa situação me proporcionou. Precisaram que eu ficasse duas semanas em cima de uma única função e com toda a responsabilidade, atendi mais de 300 pessoas em uma semana, cheguei no meu limite!
Pronto não consegui levantar da cama de tanta dor nas pernas, nas costas e muita, mas muita tontura.
Pensei "Vou ligar lá e dizer o que? Estou cansada? Fadigada?" Achei melhor nem ligar e não fui trabalhar de manhã nesse dia.
 Quando cheguei depois do almoço, pedi um tempo para conversar com a minha chefe e só consegui depois de dois dias.
Sentei com ela e comecei a explicar tudo que estava acontecendo, disse que não havia nenhum problema eu pegar um trabalho pesado desse ponto, mas ela iria perceber que eu me ausentaria, pois a minha condição sim é diferente da maioria das pessoas, quando faço alguma coisa muito cansativa não consigo me refazer depois de uma noite de sono, fico mesmo é fadigada e demora um pouco mais para aquela sensação passar.
Disse também que não era muito bom eu permanecer tantas horas sentada durante o dia, sem me movimentar. E ela concordou e disse que entende.
Terminei mostrando a ela a minha vontade de continuar trabalhando, mas se fosse difícil eu terminaria me aposentando se caso eu mais atrapalhasse do que ajudasse. 
Confesso que pareceu um draminha nessa parte, mas foi apenas a maneira que encontrei de mostrar que com essa minha amiga eslerose múltipla, conseguimos nos aposentar facilmente.
Por isso pensei muito, mas era muito importante eu ter essa conversa para ficar com a minha consciência tranquila.
As pessoas começaram a perceber que eu não estava bem, as que trabalham comigo, aquelas que convivem comigo e até mesmo as que nunca me viram antes e estavam ali. Não tinha como deixar isso passar!
Isso me rendeu alguns minutos da minha terapia, pois precisava me sentir corajosa de novo!!!

Bom gente, por hoje vou ficando por aqui deixando vocês com muita saudades e torcendo para ter mais tempo para voltar aqui!!!

Beijinhos e sejam bem vindo os nossos novos companheiros!!!!
Até mais queridos.... 

5 comentários:

  1. É Baby, o trabalho está puxado mesmo, e tem horas que derruba, mas por outro lado, acho que está fazendo um bem maior do que mal. Só precisa ser mais ponderado, pois se exigirem demais não há quem aguente, atender 300 pessoas em 1 semana é muito para qualquer um. Bjos

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Olá Fabiana,
    Realmente você andou muito sumida e eu estava com saudades de ler seus posts por aqui. Mas agora entendo. .....Nooosssa que pedreira, hein?!? Mas se você está em readaptação funcional e laudo médico ele não tinham que te colocar em uma função mais "light"??? Credo, viu. Mas você fez o certo, tem que falar mesmo... e tentar uma "verdadeira" readaptação dentro dos seus limites (que todos nós temos).
    Abraços,

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  4. Oi Fabiana é dificil também tenho uma filha com Esclerose Lateral Amiotrofica descoberto em junho deste ano 2011. Só Deus para nós amparar BJ

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  5. Baby, Lorena e Drika

    a minha vida mudou completamente, ando sem tempo para fazer muitas coisas, mas como sabemos que o tempo não para. Também não podemos parar não é?
    Agora Drika está certíssima, aos poucos vou mostrando o que é melhor eu não fazer porque não vou aguentar, mas não é nada fácil. Lorena, a médica que me assiste aqui em minha já me deu uma amostra desse medicamento, mas nem experimentei pois já tomo muitos comprimidos durante o dia, então quero evitar mais um.
    Mas muito obrigada pela dica!!!
    Beijinhos e desculpem pela ausência
    Fabí

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