Estamos na última semana do ano e como quase todo mundo adoro fazer um balança do ano que passou para começar o próximo com alguns objetivos traçados.
Mas o balanço que quero fazer hoje é a respeito da evolução das pesquisas em esclerose múltipla, que pude acompanhar no blog de um dos nossos companheiros americanos e achei muito importante colocar aqui para todos vocês.
O ano de 2009 trouxe alguns progressos fundamentais para as pesquisas de EM. Apesar do corte financeiro na investigação sobre EM a “National MS Society” continuou a impulsionar as pesquisas.
As pesquisas desse ano tiveram três reais objetivos, estacionar a progressão da esclerose múltipla, reverter os danos e restabelecer as funções e enfim riscar a EM de nossas vidas para sempre, ou seja, a cura
Barrando a EM
Foram publicados vários artigos que trouxe mais evidência na diferença de começar o tratamento adequado antes ou logo após o diagnóstico fechado. Os ensaios clínicos mostraram que consegue-se retardar a progressão da doença.
A Novartis International AG anunciou que o FTY720 oral reduziu em 2 anos a progressão da doença retardando a incapacidade para pacientes que tem o tipo na fase 3 recorrente-remitente. E aguarda aprovação para a comercialização.
Comprimidos de cladribina foram aprovados para comercialização pelo FDA e mostrou em ensaio clínico de grande escala a redução significativa das recaídas e atividade da doença em pacientes com EM do tipo reincidente-remitente. Se for comprovado sua eficácia, será o primeiro medicamento oral para esclerose múltipla.
Foi anunciado pelos patrocinadores Roche e a Biogen Idec que o anticorpo monoclonal, administrado por via intravenosa, reduziu significativamente a atividade da doença em pacientes do tipo reincidente-remitente. Uma vez que esse estudo está na fase 2, será preciso continuar com pesquisas adicionais para mostrar a segurança e os seus benefícios desse medicamento.
A questão aqui trabalhada é muitíssimo importante para o andar da carruagem, será esclerose múltipla ou um sósia? Ou seja, em uma força-tarefa internacional organizada pela Sociedade Nacional de Esclerose Múltipla publicou um documento de referência para orientar os neurologistas através do processo complexo de distinguir Esclerose Múltipla de outros transtornos. O consenso baseado em normas deverá aumentar consideravelmente a precisão do diagnóstico de esclerose múltipla e seus “sósias”, e acelerar a entrega de terapias adequadas.
Fast Forward fez seu primeiro investimento para acelerar a entrega de novos tratamentos para pessoas com EM.
Pesquisadores da Universidade de Standford descobriram que as mulheres que amamentaram seus filhos logo após o parto por pelo menos 2 meses direto foram menos propensas a ter recaídas do que aquelas que não amamentaram ou que não amamentaram exclusivamente o bebe.
Vários estudos comprovam que fumar cigarros aumentam as chances de desenvolver esclerose múltipla. Um estudo de Harvard rastreou centenas de portadores dentre eles fumantes, ex-fumantes e não fumantes em média há 3 anos com a doença. Outros estudos, um da Universidade Estadual de Nova York que relatou a relação entre o cigarro e dano ao tecido cerebral vistas nas imagens da ressonância magnética, outro estudo dos pesquisadores do instituto de Karolinska na Suécia, confirmaram os efeitos negativos do tabagismo e também que outras substancias além da nicotina influenciam no desenvolvimento da doença.
Testes de pequena escala estão em curso e começam a testar o potencial de um tipo de células-tronco adultas encontradas na medula óssea (chamadas mesenquimais), elas estimulam a reparação do sistema nervoso, porém não é comprovado ainda se esta abordagem será segura e benéfica.
Foi feita uma reunião com pesquisadores de diversos países para desenvolver as diretrizes para as experiências com células-tronco e serão publicadas em 2010.
Uma equipe internacional realiza pesquisa em EM revertida em ratos com o uso da droga (Lisinopril) normalmente usada para diminuição da pressão arterial. Outra droga usada no controle da diabetes (Metformina) mostrou melhora no tratamento ministrado em ratos de laboratório. E no Canadá cientistas informaram que os ratos com EM tiveram uma recuperação dos sintomas com o uso de um composto chamado (GIFT15) formado pela fusão de duas proteínas imunes.
Um coletivo de especialistas em imagens conhecidos como “Magnims” publicou novas informações sobre imagens e resultados clínicos que podem ajudar a explicar porque algumas pessoas demonstram um curso leve de EM conhecida como “benigna” e outras não.
Reverter os danos e restabelecer as funções do sistema nervoso
Em resposta aos relatos de que um fenômeno chamado CCSVI (insuficiência venosa crônica cefalorraquidiano, uma disfunção do fluxo sanguíneo cerebral e / ou drenagem do sangue) que pode contribuir para os danos ao sistema nervoso na EM, a Sociedade internacional convidam pesquisadores a solicitar financiamento para as pesquisas e criou um processo acelerado de revisão para explorar esta ligação. Se esta ligação for confirmada, podem ser abertas novas pesquisas sobre esta patologia subjacente da Esclerose Multipla e de novas abordagens em tratamentos.
Quatro equipes de profissionais formam a sociedade que estão empenhados em reverter os danos cerebrais causados na EM e para campanha de 2010 está trazendo o sonho de proteger e reparar o tecido do cérebro e restaurar a função ao nosso alcance. Cada uma dessas equipes relataram dados importantes, confira aqui.
Depois de mostrar os benefícios para temporariamente melhorar a velocidade de andar em todos os tipos de EM em dois ensaios clínicos de fase 3, um comitê consultivo da FDA recomendou a aprovação de comercialização para Fampridina. Se aprovada, essa droga oral seria a primeira aprovada especificamente para melhorar os sintomas da EM.
Dois grupos financiados pela Sociedade relataram resultados de lesão do nervo e reparação tecidual que acrescentam informações importantes, necessárias para impedir a progressão da EM e desenvolver estratégias de reparação do sistema nervoso.
Os investigadores do grupo de pesquisas Mayo encontraram duas enzimas que podem servir como marcadores de esclerose múltipla progressiva e lesão de fibras nervosas, e os investigadores no Mount Sinai School of Medicine (Nova York) informou que uma outra enzima é essencial para a reconstituição da mielina tomada de células que tenham sido esgotadas pela EM.
Uma droga oral para o tratamento de riso incontrolável e / ou chorando (também chamado de afetar pseudobulbar), um sintoma preocupante em alguns doentes com esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica, e outras desordens neurológicas, passou por um outro obstáculo, mostrando resultados positivos em um ensaio de Fase III. Segundo fontes da empresa, Zenvia (Avanir Pharmaceuticals)reduziu significativamente a taxa de episódios de rir e chorar e parece ser seguro e bem tolerado. A empresa está realizando uma análise completa dos resultados a apresentar em reuniões científicas.
Riscando a esclerose múltipla do mapa
A Sociedade iniciou um estudo da genética, que deverá identificar a maioria dos genes em comum que contribuem para tornar as pessoas suscetíveis ao desenvolvimento de EM.
A Universidade de Buffalo, Nova York e Itália registou que contribuem para resultados que cada vez mais liga o vírus Epstein-Barr (EBV) com esclerose múltipla. Um estudo sugere uma ligação entre a exposição ao EBV e à perda de tecido nervoso, enquanto as outras interações explorado entre genes de uma pessoa e EBV.
Estudos publicados na revista Nature Genetics identifica novos genes e regiões de genes que contribuem para tornar as pessoas suscetíveis ao desenvolvimento de EM.
Pela primeira vez, pesquisadores do Reino Unido e do Canadá encontraram evidências de uma interação direta entre a vitamina D e de uma variante genética comum, cuja presença aumenta o risco de desenvolver esclerose múltipla. A pesquisa destaca a importância de estudar a interação dos genes e do ambiente onde vive o portador para o gatilho que desencadea essa complexa doença.
A Sociedade científica convocou um seminário internacional focado em estratégias para encontrar a causa do esclerose múltipla , bem como os fatores que conduzem a progressão e formas de avaliar o curso de EM. Um dos resultados do workshop é o financiamento proposto de um projeto piloto de dois anos para planejar um grande estudo para determinar fatores de risco para a previsão do prognóstico de progressão d EM.
Esta mesma sociedade também realizou o primeiro Tykeson Don Fellows Conference a estimular idéias novas de pesquisas e reforçar o empenho dessas pessoas brilhantes jovens para a investigação MS. Dando apoio aos companheiros, que são o futuro da investigação de EM.
Bom gente, depois desse balanço das pesquisas em EM, podemos acreditar naquilo que eu sempre falo, que em algum lugar do mundo a essa hora tem alguém pensando, estudando, juntando dados para nós “queridos” esclerosados vivermos cada vez melhor!!
Por hoje é só pessoal!!! Ufa!!!
Beijinhos e até mais...
Fabiana, belíssima compilação!!! Você é especial!! Irei acompanhá-la por aqui. Felicidades e saúde!
ResponderExcluirGrande abraço.
Muito obrigada!!! Seja sempre bem vindo(a)!!!
ResponderExcluirFelicidades pra você também e muiiiita saúde!
Bjo
Olá Fabi, querida.
ResponderExcluirÓptimas notícias ! :))
Estive há dias presente numa palestra de um ilustre médico português e não abordando ele o tema específico da EM, mas sim a generalidade da saúde humana e do combate às doenças em geral, diz que as "descobertas" têm sido tão esperançosas que não tarda muito comece a ser normal ver pessoas com 120 anos e a média do tempo de vida aproximar-se dos 100 anos!
Beijão, Amiga !
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