1 de jun. de 2009

SOBRE O LIMITE AINDA !!!



Quando fui a primeira consulta com o meu neuro em São Paulo, sem saber nada de esclerose múltipla, me lembro de quando ele me disse que levaria uma vida normal, apenas precisaria ter limites.

Não dei muita importância, afinal ele tinha “aberto a porta da esperança” e desvendado todo aquele mistério.

Mas com o passar do tempo, entendi perfeitamente o que ele queria dizer.

Desde pequeno ouvimos os mais velhos falarem que temos que ter limite pra tudo. Que em exagero nada faz bem.

Começa quando comemos muito, brincamos muito, corremos muito, jogamos muito e ficamos muito tempo acordados.

Depois é quando saímos muito, bebemos muito, fumamos muito e dormimos muito.

E do exagero vai surgindo o limite.

Você já não tem mais a mesma vontade de sair tanto, de beber demais muitas vezes até de fumar. Isso é a seleção natural, fenômeno pelo qual certos tipos tendem a modificar-se e a aperfeiçoar-se por si próprios., quando chega a um certo momento da vida tem necessidade de se recolher, se aconchegar e o limite vem como resultado provável de um fato.

Já o limite que é imposto por uma causa, pela esclerose múltipla por exemplo, é exatamente o significado da palavra limitar encontrada no dicionário:

1. Servir de limite a.

2. Pôr limites a; demarcar. - indicar

3. Restringir. – Reduzir

4. Moderar.- restringir - modificar

5. Aprazar, marcar, fixar. – ajustar- adiar- indicar

v. intr.

6. Confinar. – enclausurar- separa do trato social

v. pron.

7. Não passar além de.

8. Não se exceder - ultrapassar

9. Ater-se.

10. Contentar-se.- ficar contente- satisfazer- agradar

11. Restringir-se.

Deve-se reduzir as tarefas que faz durante o dia, modificar a forma de que são realizadas, restringir e conter-se as mais importantes. Ajustar as ocupações a seu tempo e ao seu ritmo. Algumas vezes conforme o seu estado e se calor estiver é mais prudente adiar.

Imprescindível não exceder, não passar além do que aguenta e muitas vezes necessita-se parar antes.

Se ultrapassar o limite corre-se o risco de ficar fadigada e a consequência dessa fadiga toda é se confinar, quando você percebe já está enclausurada e separada do trato social.

Essa é a limitação diária que o neurologista se referia na primeira consulta. E se conseguir depois de aprender a lidar com ela a ter uma vida normal deve-se ficar contente e satisfeito.

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