11 de mar. de 2010

DECRETO INDISCRETO

Olá pessoal, hoje estou aqui com o objetivo de divulgar e contribuir com a luta dos meus companheiros de profissão e deficiência. Ou seja, hoje recebi um email do meu caro amigo Warley Viana do "COLETIVO ESTADUAL DE PROFESSORES E PROFESSORAS COM DEFICIENCIA DA APEOESP" que comprova mais essa humilhação do Estado de São Paulo com mais um "decreto" daqueles que servem para aumentar a lista de desempregados do país. Então, vamos ao decreto.

"DECRETO DO GOVERNADOR ELIMINA MAIS DE 7.652 PORTADORES DE DEFICIÊNCIA EM TODO O ESTADO DE SÃO PAULO.


Com resultados não satisfatórios mais de 7.652 professores portadores de deficiência ficam fora do processo de atribuição de aulas em virtude da aplicação da Lei 1093/2009, no início das aulas de 2010.
O provão dos ACTs – criado pela Lei 1093/2009 – que eliminaria da atribuição de aulas todos os professores que não acertassem 50% das questões, exclui do serviço público mais de 7.600 professores portadores de deficiência que atuavam em sala de aula.


Para nós do Coletivo Estadual de Professores e Professoras portadores de deficiência da Apeoesp, trata-se da maior exclusão de pessoas com deficiência já vista na história do Estado de São Paulo., um projeto totalmente na contra mão do que preconiza a inclusão neste novo milênio. Tirando assim o Estado de São Paulo do trilho da inclusão das pessoas com deficiência.

Tal política vem de contra mão a todos os direitos e garantias de inserção deste segmento dentro da sociedade, um dos papeis básico do Estado, zelar pelos excluídos e melhorar sua dignidade humana e oferecer colocação profissional.

Mais mesmo diante de tal afronta contra as pessoas com deficiência que tem no magistério sua forma de sobrevivência, continua a luta do Coletivo de Professores e Professoras com Deficiência da APEOESP, que vê no resultado negativo das provas realizadas pelos professores com deficiência um problema sério no sistema educacional. A falta de adaptação do sistema educacional para pessoas com deficiência possa fazer cursos de formação continuada é a principal barreira.

Particularmente neste caso, para os professores com deficiência que não atingiram a nota mínima, e estão desempregados, entendemos que uma política de formação a distância facilitando a formação de professores cadeirantes e com outras formas de mobilidade reduzida, seria uma saída contra as barreiras arquitetônicas que impedem professores e professoras com deficiência freqüentar as universidades para terem uma melhor formação e obtiverem resultados mais positivos nos futuros exames que serão realizados a cada ano.

Está em cheque a profissão de educador público a pessoas com deficiência. É necessária uma política pública urgente que pode ser encampada pelo sindicato ou até mesmo pela Secretária de Estado de Inclusão da Pessoa com Deficiência.

Tal situação coloca uma reflexão na falta de acessibilidade das Faculdades e Universidades em geral, cujas quais ainda não fornecem condições para uma participação plena das pessoas com deficiência para darem seqüência em sua formação e capacitação profissional e seus estudos após o curso de formação inicial.

Não podemos esperar a hora, faz necessário acontecer uma política de inclusão na rede pública estadual para as pessoas com deficiência, que exercem a função de magistério, e este segmento da sociedade vem sendo prejudicado ao longo do tempo do processo histórico e cultural, e que tal projeto de lei exclui e fortalece ações de exclusão que não deveriam ser aceitos na nossa sociedade contemporânea.

COLETIVO ESTADUAL DE PROFESSORES E PROFESSORAS COM DEFICIÊNCIA DA APEOESP.


Esse Estado-Nação está falido começando com o desrespeito ao ser humano, o desrespeito ao seus servidores além da falta de valorização. Temos um papel nessa profissão que se resume a uma só palavra, palavra linda por sinal, mas com vários sentidos.
Palhaço personagem cômico, de circo, show, ou de rua, frequentemente utiliza um nariz vermelho. Palhaço pode ser rico, ou pobre, pode pedir trocados na rua, ou ser um famoso palhaço, mas deve ser sempre engraçado.

Palhaço como adjetivo pejorativo é muito utilizado para ofender alguém, mas os palhaços profissionais não gostam deste uso.
Também é polémico o uso do nariz vermelho em protestos e greves, porque seria um mal uso do personagem, uma multidão de palhaços sem graça, algo deprimente.
Mas no caso que estou relatando aqui o palhaço é mesmo sinônimo de bobo e para o Governo somos vistos como "os otários".
Então meus queridos peço para todos divulgarem essa barbaridade.
Vou deixando vocês por aqui.
Beijinhos mil e até mais!!!

FONTE:
COLETIVO ESTADUAL DE PROFESSORES E PROFESSORAS COM DEFICIÊNCIA DA APEOESP.
Palhaço

3 comentários:

  1. Que injustiça...
    Nós, que temos incapacidades físicas, nao nos comparamos com quem tem incapacidade mental!

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  2. Fabí, isso é inacreditável!!

    Hoje mesmo, postei uma matéria de que a acessibilidade de deficientes em universidades ainda é limitada e agora, vejo uma notícia como essa...

    Se a pessoa com deficiência é impedida de cursar um ensino universitário, pois não há adaptações necessárias para garantir o acesso, de que forma poderá obter resultados satisfatórios em provões como esse. Um absurdo!

    Coloquei um trecho dessa notícia e fiz um link para o seu blog.

    Beijos
    Vera

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  3. Foram exlcuidos pois não acertaram nem 50% da prova. E os outros que passaram ? O que tiveram a mais que esses excluidos ? Capacidade ! Hj já temos muitas universidades acessíveis : Faculdade Drumond, no Tatuapé, Penha e Ponte Rasa e as universidades Cidade de São Paulo (Unicid), no Tatuapé, e São Judas Tadeu (USJT), na Mooca, são exemplos de preocupação com a qualidade de vida de deficientes físicos, visuais e mentais

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